quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Calculos e comparações

Eu tenho uma mania terrível de ser calculista em minhas atitudes. Sei que as vezes é muito escroto, mas a roda da fortuna da vida gira assim, e eu não vou ser diferente, principalmente com os homens.
Uma vez tive uma crise porque me senti rejeitada, e depois disso decidi que nunca mais iria considerar nenhum felá da puta que se apresentasse... Sim, mulheres por mais que falem que não comparam ex com atual, acabam comparando em tudo! E isso pode até ser bom para não cometerem as merdas de relacionamentos passados.
Bem, pensando sob esse aspecto, lembro-me de uma amiga (eu e minhas histórias de amigas) que sempre foi a segunda, terceira, quarta na vida dos caras.. na verdade ela não se valorizava e só servia como amante e curtição deles, até que um belo dia essa moça se apaixona e vive sendo mais uma vez a outra sem importância na vida do cara.
Tantos anos de relacionamento entre idas e vindas, ela consegue terminar e iniciar um namoro descente... cara direito, estabilizado financeiramente, bonito, gostoso, bom de cama... é, aquilo que toda mulher quer. Porém, toda atitude que o pobre coitado toma, ela compara com o ex-apaixonado dela e tem ataques...
Nesse caso a comparação é uma bosta porque o cara é realmente bom pra ela... a ama, mas com o fato de ter se desiludido, ela se fechou para o mundo em suas comparações.
Aí eu volto a pensar, ser calculista é muito bom. Você se apaixona muito, trepa muito, se entrega médio e abre as verdades de sua vida de forma média, até que o solo fique firme e você possa pisar forte sem quebrá-lo. E quando isso acontecer, pisa gata! Pisa bem forte que o sacaninha baba.
Para tais aspectos, os homens se humilham bem mais, ficam mais vulneráveis, mais perseguidores e mais expostos. Homem quando ama dá vexame e grita aos céus que ama.
Se a vida é escrota, não é demais ser médio.


Ouvindo: “Arco iris e planetas” - Natiruts

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Os bons

Os cafajestes são imundamente melhores.
Inermes são alvo sempre, mas quem sabe lidar com os cafas sem mais frescurites de esperanças que ele nunca dará em relação a namoro mais do que qualquer outra cristã.
Da voz às estratégias de abate, tudo é muito interessante. E o melhor nesse aspecto é ser amiga dos cafas.
Eles traçam meios, experimentam com algumas conhecidas nossas, mudam de perfis, e, além disso, nunca têm um estereótipo fixo de quem irão abater.
Sabem sair, envolver e são muito bons de cama.
Não se importam em pular janelas, em ficar bêbados ou insistir num alvo que ainda não conseguiram. E quando conseguem, logo deixam de lado e partem para outra meta que ainda não alcançaram.
Os cafas quando se tornam ex-cafas, é porque realmente amam e mudam da água para o vinho. Sempre são mais intensos nos sentimentos. E é por isso que eu amo os cafajestes, assim como admiro muito as putas – é uma arte!


*Ouvindo "Meu Deus" - Vanessa da Mata


terça-feira, 22 de setembro de 2009

Eles irão casar este ano, e não se fazem de rogados
Ao invés de despedida de solteiro, estarão bem amados
Festas com amigos e casa de striper
Nada, a diversão é no swing!

Vida longa aos meus amigos normais, que, para deixar as traições típicas de véspera de casamento de lado, partiram para uma diversão a dois, a mais...em despedida de solteiro!

Amar também é compartilhar e se divertir!

E viva a putaria na Cidade da Bahia!

Ouvindo: a banda Djavù no rádio do vizinho (não aguento mais ouvir esse absurdo!)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Querido tio

Ele gosta de sair, curtir e tomar wisk com amigos, acompanhados de meninas interessantes.
Tem alguns cavalos com bancos de couro que chamam muita atenção feminina.
Dinheiro nunca é problema, pois empresário de vários setores ele é, e sempre tem coisas boas pra contar sobre os negócios.
Política? Bem, ele é adepto do lema “se eu não roubar, há quem roube e me chamem de ladrão”.
Trata-se de uma pessoa interessante e muito divertida. É agradável estar com ele.

Porém, longa pausa....

Ele quer coisa séria e ela também.
Ele é casado e vive como separado, enquanto ela exala sua solteirice pelos ventos.
Ele tem 48, mas aparenta 68, e ela não curte velhos.
Ele sabe usar a língua muito bem, e ela gosta dessa prática (os coroas sempre sabem onde colocar a língua).
Ele navega, e ela relaxa no balanço do mar.
Ele brinca, e ela sente que está ao lado de alguém ótimo.
Ela não consegue olhá-lo, porque se lembra do seu pai.
Ele gosta de menina, da jovialidade, de conversas a toa, do cheiro da xana nova.
Ela gosta de restaurantes caros, de lancha, de perfumes importados e presentes em todas as saidinhas.
Ele goza só em olhá-la, enquanto ela goza em puro luxo.


Ouvindo: “Num corpo só” – Maria Rita

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

O rádio-relógio

Num dia desses, estava zapiando a TV e vi a chamada para a apresentação do Information Society. Nossa! Gelei, e fiquei com aquela típica cara de besta olhando a tela como se ela estivesse a conversar comigo, e aguardei a hora em que a banda iria tocar, agüentando aquele programa dominical ridículo da TV aberta... Enfim, esse não é o papo.. vamos lá..
Ao ouvir o som, remeti-me ao período da infância, onde essa banda tocava muito em todas as rádios nacionais, e os clips deles passavam em programas deste segmento nas tv’s Itapuã e Aratu daqui de Salvador. Cara, muito antigo - Anos 80 na veia!
Bem, nessa brincadeira de cantarolar as músicas que estavam tocando na TV e lembrar minha infância nos anos 80, veio em mente que, a noite, lá em casa, minha mãe mandava-me para cama as 20:00, enquanto ela ficava assistindo o restante das novelas... O detalhe é que eu nunca conseguia dormir nas horas que todos exigiam (até hoje tenho problemas em receber ordens). Assim, eu ia pro quarto e ligava uma velha televisão, bem baixinho, pra não chamar atenção de ninguém.

As horas passavam e minha mãe ia para o quarto também. Mas quando o “velho” tava lá, ela ligava o rádio-relógio que rolava vários sons, inclusive do Information Society, e entre eles rolava a putaria que todo filho e filha se recusam acreditar que rola entre os pais.
Nessa coisa toda, entre gemidos, cama rangendo, músicas do rádio-relógio e TV com volume baixo, cresci vendo aqueles filmes da Band e da extinta Manchete, que sempre tinham aquela putariazinha mais ou menos.
Depois fiquei pensando em certos “traumazinhos” que todo jovem ou criança tem quando vê os pais em plena saliência, e nunca vou me esquecer de uma velha amiga que me contou uma história de que um belo dia, quando esta ainda tinha seis anos, flagrou o pai e a mãe fazendo “69” no sofá da sala em plena madrugada, enquanto acreditavam que ela e os irmãos estavam dormindo... ao invés dela sair correndo como toda criança que se assusta com essa cena, ela ficou, inclinou a cabeça para o lado, e perguntou à mãe se o pai machucou o pintinho, e se era por isso que ela chupava para estancar o sangue. E como se não bastasse, a mãe confirmou o fato. Hehehe. Pilantra!


* Ouvindo "Repetition" - Information Society

terça-feira, 28 de julho de 2009

Ali na Babilônia tudo é colorido

Somos apenas bons amigos. E quem há de fazer doces saliências com inimigos?
Ele sabe tudo que eu gosto, e eu, bem.. Na realidade nós nos entendemos pelo cheiro. É louco, mas é isso mesmo - animais instintivos.
Conversas deliciosas sobre tudo, e muitas informações no silêncio sábio de quem apenas gosta de estar ao lado de alguém íntimo, que se mostra o melhor acolhedor de todos.
Seu lar instiga... Cozinha, massageia, provoca os risos e não há como negar que se trata de um bom amante.
Confidenciamos nossos infortúnios e depois saímos pra dançar.
As lástimas não têm lugar porque não nos permitimos a isso.
O tempo corre contra nós, e quão mais maduros ficamos, mais lascivos e hedonistas estamos. É quente essa relação. Porém, não há futuro, não há sonhos que nos prenda.
A Babilônia nunca é tão longe quando estamos juntos, e o nirvana é um estado bem perto da Bahia.
Ele desenrola minhas mais sórdidas fantasias e deixa tudo com sabor de um bom licor maturado.
Tenho fome de você, meu amigo colorido.

*Ouvindo “Inferno” - Nação Zumbi

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Semiótica do "Eu puta"



Certo dia eu estava conversando com umas amigas sobre um tema muito peculiar de magoas femininas – O “Eu puta”, e uma delas discordava completamente de mim.. Eu entendo-a, mas em conversas, nem todo mundo há de concordar.. - Eu admiro as putas.. Elas conseguem tudo!! - iniciei a conversa. Outro dia Flávia tava me perguntando como eu conseguia meus empregos. E eu disse q era me cadastrando em sites, enviando e-mail’s, indo entregar nas empresas. Com minha resposta, ela me falou q só conseguia emprego através de indicação dos clientes que ela sai (ela é prostituta). Fiz pausa........................................... Pensei............................... Bem, putas só conseguem tudo por indicação. Logo, eu admiro as putas! Elas têm menos trabalho pra conseguir coisas bastante complicadas como arrumar um emprego! - Eu não admiro naum véi... eu tinha muitos amigos homens e via o que os mesmos falavam, ou ate meu marido lá em casa com os amigos dele. Eu odeio que falem de mim, mas pra quem não liga pra essas coisas... Então ta feliz – exclamou Rosane.

- Eu respondi: eu não ligo.. Não sou uma na vida social.. Não julgo porque cada um usa a arma que tem. Eu escolhi o caminho mais longo e difícil.. Mas aprendo cada uma com as putas.... Putas são vividas! E quem é vivido tem muita história hilária pra contar! Não as odeio. Tem puta q é amiga e ajuda a tirar do poço! Tem puta pra tudo nessa vida! - Mas a Flávia é uma puta mesmo! Ela vai trabalhar com uma calça “cocota” que aparece os pêlos pubianos e o velho tarado do chefe só fica olhando e babando pra ela – Relatou Rosane. - Isso é verdade o que Genérica fala: elas são tudo. Mas sinceramente, nasci pra batalhar mesmo, sofrer.... Comer o pão que o diabo amassou. Assim sou feliz, e realizada – Falou Sandra

- É. Concordo – respondi. Estamos cá, nós, filosofando sobre o "eu puta". Isso é papo pra um artigo de antropologia! Por que será que quando estamos retadas falamos: EU TO PUTA DA VIDA – pergunta Rosana. Vocês que são simpatizantes da causa puta saberia explicar? - Deve ser porque quando você tá retada, há de querer FODER COM A VIDA, pois a vida é injusta. E os injustos merecem ser estuprados sem vaselina. Risos à parte, e encerramos a conversa porque um homem apareceu na hora. Bem, eu acho as putas os seres mais vividos, gosto, admiro, me divirto, e tenho muitas amizades delas. Não é meu estilo. Há quem curta muito.
Para mim há putas de agência, que fazem "pista" e aquelas que basta algum interesse qualquer que se vende. Acho o escambo honesto desde que não passe por cima de mim ou de outro que não seja merecedor. Acredito que cada um tem seu preço. O meu é o conhecimento. E por isso o transformo em criações, projetos, atividades e os vendo para a empresa que trabalho. Cada um vende o que tem de mais belo, e ta tudo lindo nesse Brasil de diversidades! *Ouvindo Etta James